Funerais oficiais e rituais políticos na Espanha. Da Transiçao ao tributo estatal às vítimas de COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.46553/EHE.24.1.2022.p78-94Palavras-chave:
Comunicação política, protocolo, rituais políticos, COVID-19, Homenagem ao EstadoResumo
Em 16 de julho de 2020, as principais autoridades do Estado se reúnem na Praça do Arsenal do Palácio Real para prestar uma homenagem solene às milhares de vítimas que a pandemia COVID-19 havia ocorrido na Espanha. Esta é a primeira homenagem estatal não confessional realizada no país após o restabelecimento da democracia em 1978. Num contexto de instabilidade social decorrente da pandemia e com a chegada ao poder do primeiro governo de coalizão de partidos de esquerda desde a Segunda República, há uma reatualização do ritual com a celebração desta homenagem estatal às vítimas da COVID. Este estudo do tipo ensaio visa aprofundar o conceito de ritual político, a possibilidade de criação de novos ritos e seu papel nas democracias modernas. Além disso, investiga em profundidade os funerais oficiais ocorridos na Espanha desde a aprovação da atual Constituição, seus traços comuns e suas particularidades. O objetivo deste artigo é destacar a importância desse tipo de ato oficial para aproximar a sociedade, legitimar as instituições e a influência do Estado por meio do discurso político.
Downloads
Referências
ABÉLÈS, Marc, “Modern Political Ritual: Ethnography of an Inauguration and a Pilgrimage by President Mitterrand”, Current Anthropology, 29 (3), 1988, 391-404, https://www.jstor.org/stable/2743455 .
ABÉLÈS, Marc, “Rituales y comunicación política moderna”, en Ferry, Jean Marc; Wolton, Dominic (eds.), El nuevo espacio público. Barcelona, Gedisa, 1992, 140-157.
BALANDIER, Georges, El poder en escenas, Barcelona, Paidós, 1992.
BEN-AMOS, Avner, Funerals, Politics and Memory in Modern France, 1789-1996, Oxford, Oxford University Press, 2000.
BOYD, Caroline P., “Un lugar de memoria olvidado: el Panteón de Hombres Ilustres en Madrid”, Historia y Política, 12, 2008 15-40, https://recyt.fecyt.es/index.php/Hyp/article/view/44726.
Díaz Cruz, Rodrigo, Archipiélago de rituales: Teorías antropológicas del ritual, Barcelona, Anthropos, 1998.
DURKHEIM, Émile, Las formas elementales de la vida religiosa, Madrid, Ediciones Akal, 1982.
ESCALANTE, Pablo, “Los funerales del Panteón de París como disputa simbólica entre la Monarquía y la Asamblea Nacional”, Protohistoria, 17, 2012, 25-50, https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=5843340.
GARCÍA RODRÍGUEZ, Vanessa, “Renovación protocolaria: papel de los símbolos religiosos en actos de toma de posesión”, Journal of the Sociology & Theory of Religion, 7, 2018, 147-171, https://doi.org/10.24197/jstr.0.2017.147-171 .
GAYOL, Sandra, “La celebración de los grandes hombres: funerales gloriosos y carreras post mortem en Argentina”, Quinto Sol, 16 (2), 2012, 1-29, https://cerac.unlpam.edu.ar/index.php/quintosol/article/view/525 .
GÓMEZ GARCÍA, Pedro, “El ritual como forma de adoctrinamiento”, Gazeta de Antropología, 18, 2012, s/p, http://hdl.handle.net/10481/7395 .
GRIMES, Ronald, The craft of ritual studies, Nueva York, Oxford University Press, 2014.
GLUCKMAN, Max, Rituals of rebellion in South-East Africa, Nueva York, The Free Press, 1963.
KERTZER, David, Rituals, Politics and Power, New Haven, Yale University Press, 1998.
______________, “Rituais políticos e a transformação do Partido Comunista Italiano”, Horizontes Antropológicos, 15, 2001, 15-36, https://doi.org/10.1590/S0104-71832001000100002.
LEACH, Edmund, Sistemas políticos de la alta Birmania: Estudio sobre la estructura social Kachin, Barcelona, Anagrama, 1977.
LÓPEZ LARA, Álvaro, “Los rituales y la construcción simbólica de la política. Una revisión de enfoques”, Revista Sociológica, 19 (57), 2005, 61-92, http://www.scielo.org.mx/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0187-01732005000100061&lng=es&nrm=iso .
PINTASSILGO, Joaquim; DA COSTA, Rui Afonso, “Morte e pedagogia cívica no contexto republicano português: os funerais dos “grandes mortos” nas primeiras décadas do Século XX”, Cadernos de História da Educação, 17 (1), 2018, 198-212, http://dx.doi.org/10.9789/2525-3050.2018.v3i5.157-177 .
SÁNCHEZ GARCÍA, Raquel, “Los funerales de Quintana”, Cuadernos de Ilustración y Romanticismo, 17, 2011, 1-13, http://hdl.handle.net/10498/15214 .
_________________________, “La muerte del poeta. Funeral de estado y ritual social en el fallecimiento de José Zorrilla (1893)”, Hispania, 75 (249), 2015, 147-172, https://doi.org/10.3989/hispania.2015.006 .
THOMPSON, John, “La nueva visibilidad”, Papers. Revista de Sociologia, 78, 2005, 11-29, http://dx.doi.org/10.5565/rev/papers/v78n0.840.
VAN GENNEP, Arnold, Les rites de passage, Paris, Emile Nourry, 1909.
VARELA, Javier, “La muerte del héroe”, Historia Social, 1, 1988, 19-28, https://www.jstor.org/stable/40658128.
ZUESSE, Eric, “Meditation on Ritual”, Journal of the American Academy of Religion, 43 (3), 1985, 517-530.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
